Nota de Imprensa BE/Penafiel sobre escolas em Penafiel

O Bloco de Esquerda de Penafiel redigiou um comunicado, reagindo aos emitidos pelo PS/Penafiel e pelo PSD/Penafiel, sobre a requalificação das escolas Básica Penafiel Sul e Secundária Joaquim de Araújo, pertencentes ao Agrupamento de Escolas Joaquim de Araújo, que recomendeu ao governo, a par de uma recomendação do CDS pela requalificação da ES Joaquim de Araújo.
Transcreve-se, abaixo, o texto integral do comunicado:

"Este ano, em Maio, o deputado bloquista Luís Monteiro, acompanhado d@s representantes do BE/Penafiel Ivo Barros e Eva Coelho, visitou a EB Penafiel Sul e a ES Joaquim de Araújo, reunindo com director do respectivo agrupamento - Agrupamento de Escolas Joaquim de Araújo -, António Almeida da Cunha, e com o Presidente da Associação de Pais, Raúl Ribeiro. A informação acerca das condições das escolas adquirida pelo deputado do BE, membro da Comissão Parlamentar de Educação e Ciência, motivou a apresentação de duas recomendações por parte do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, para apelar a uma resposta adequada do governo à situação de degradação acentuada dos edifícios das escolas.

Atentando no resultado das votações acerca dos diplomas apresentados, o Bloco de Esquerda de Penafiel considera incoerente a abstenção da maior parte do grupo parlamentar do Partido Socialista às recomendações do BE, pela requalificação e reabilitação das Escolas Secundária Joaquim de Araújo e Básica Penafiel Sul, e do CDS, pela requalificação da ES Joaquim de Araújo, tendo apenas 5 deputados do PS votado os documentos favoravelmente.

Em simultâneo, o BE/Penafiel denuncia a hipocrisia do PSD/Penafiel, ao apontar a contradicção do Partido Socialista, no voto às recomendações, relativamente à sua declarada postura de priorização da Educação, já que o governo anterior, liderado pelo PSD em coligação com o CDS, partidos que coabitam no executivo municipal de Penafiel, retirou mais de três mil milhões de euros ao orçamento da Educação, provocando um enorme desgaste à Escola Pública, incluindo aos espaços físicos em que a sua actividade se desenvolve, estratégia de desinvestimento que culminou numa degradação generalizada do sistema de Educação, entre infra-estruturas, direitos dos trabalhadores e formação de jovens cidadãs e cidadãos, da qual ainda não recuperamos completamente, devido à hesitação do actual governo em investir tanto quanto necessário em Educação, apesar da pressão à sua Esquerda por parte do BE, do PCP e do PEV.

Já em Julho de 2016, a par de uma reacção quase apática do executivo municipal PSD/CDS e do PS, o Bloco de Esquerda, após uma visita de deputad@s e dirigentes, incluindo Catarina Martins, em que falaram com encarregados de educação, questionava o governo acerca do encerramento da Escola Básica de Vila Verde, uma vez que o seu fecho representaria um golpe tremendo para a comunidade, incompreensível na óptica de quem defende o serviço público como fim em si mesmo, indispensável ao desenvolvimento de uma sociedade.

Assim, mais uma vez se verifica que, em Penafiel como a nível nacional, as soluções, em prol do bem-comum, para os problemas que enfrentamos enquanto colectivo não estão entre a falta de coragem do PS para assumir uma política de Esquerda que defenda o Estado e o serviço público universal como pilares do bom funcionamento de uma sociedade e a hipocrisia flagrante do PSD, que, no último governo, atacou feroz e cegamente, em parceria com a troika, todos os serviços públicos, incluindo a Educação, favorecendo os negócios privados em áreas que deveriam ser garantidas pelo Estado, para agora, na oposição, se apresentar preocupado com a falta de investimento público, tentando apropriar-se das recomendações feitas por outras forças políticas, neste caso BE e CDS – aqui, também, é notória, e em tudo semelhante à do PSD, a hipocrisia e contradição do CDS, parceiro de coligação do PSD no governo de Passos Coelho.

Em Penafiel, como em todo o país, o Bloco de Esquerda assume a defesa intransigente do Estado enquanto motor de solidariedade, de garantia da universalidade dos direitos humanos e da satisfação das necessidades básicas, individuais e colectivas, do ser humano, entre as quais se incluem a Educação, a Saúde, a Justiça, a Habitação, a alimentação, a energia eléctrica, a água, os transportes colectivos e a harmonia com a Natureza."